Crítica – Ted Bundy — A Irresistível Face do Mal (2019)

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A última sedução

 O subtítulo nacional em “letras garrafais” de Ted Bundy — A Irresistível Face do Mal, faz questão de desmascarar de cara o notório serial killer dos anos 70 complementado no documentário da Netflix – Conversando com um serial killer: Ted Bundy, do mesmo diretor Joe Berlinger. Ao contrário do documentário, o longa acertadamente ignora toda violência visceral dos assassinatos explorando apenas o lado galanteador do protagonista interpretado pelo típico ator de comédia romântica banal Zac Efron no papel mais dramático de sua carreira. O foco aqui não é julgar o caráter do réu, mas seu “modus operandi” em seduzir as inúmeras amantes, a exceção do “verdadeiro” amor Liz Kendall (Lily Collins). O mentiroso contumaz, convicto de sua inocência, expulsa seu advogado da audiência que irá determinar seu destino e passa a advogar em causa própria, algo proibido no Brasil. A partir daí, acontece um espetacular duelo entre ele, a parte contrária e o juiz da corte interpretado por John Malkovich. A genial retórica jurídica do psicopata acabou convencendo grande parte da opinião pública na época, mesmo diante de inúmeras provas cabais apresentadas ao vivo. Um triste fenômeno que também acontece no Brasil hoje em dia. Inspirado no livro da verdadeira Elizabeth Kendall (The Phantom Prince: My Life With Ted Bundy).

 Ted Bundy — A Irresistível Face do Mal. Direção: Joe Berlinger. Cinebiografia. (Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile, EUA, 2019, 110min). 16 anos. Nota: 3,5.

Nota - 3,5

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