Críticas – A Estrela de Belém (2017), O Menino Chamado Natal (2021), Klaus (2019), O Expresso Polar (2004)

O Primeiro Natal

Há 2.000 anos na Galileia foi celebrado o primeiro Natal em homenagem ao aniversariante mais famoso do planeta enquanto Ele era perseguido por Herodes. Em A Estrela de Belém (2017), Maria imaculada pouco antes de se casar recebe a visita do anjo Gabriel informando-lhe a Boa Nova; cujo noivo, José, se surpreende por ser pai de uma divindade na missão mais importante da vida. A doce mãe de Jesus foi retratada na bela animação da Sony como uma mulher ativa e cheia de vida; de olhos reluzentes e cabelos longos que esvoaçam ao vento, em vez de se esconder atrás do xale; cujos traços assemelham-se à pintura divulgada pelo espírito Humberto de Campos no livro Boa Nova. Após o chamado divino, Maria de Nazaré e José vão até Belém em cinco dias no lombo de um burrinho simpático sem ter onde dormir. Isso até o casal ser acolhido por singelos animais de um estábulo iluminado pela Estrela de Belém na noite feliz mais escura do ano. O fenômeno astrológico ou mediúnico trouxe os Três Reis Magos, peritos em astrologia, para estarem perto do menino Jesus que adormeceu naquela manjedoura reluzente repleta de presentes logo depois de chegar ao mundo.

O Menino Chamado Natal (2021) foi inspirado em São Nicolau que também distribuía presentes às crianças na Idade Média. Essa história foi contada pela tia Ruth (Maggie Smith) ás suas sobrinhas na véspera de Natal. Na trama, Nikolas (Henry Lawfull) sai da floresta onde mora para procurar o seu pai lenhador desaparecido na lendária vila dos elfos: Elfhelm. O garoto que nunca perdeu a esperança em encontrá-lo, encontrou de fato o espírito do Natal, enquanto o pai mercenário que distorceu a mensagem do rei daquela região, encontrou a sua esposa.

Em Klaus (2019), a terra do Papai Noel está localizada acima do Círculo Ártico coberta por um denso nevoeiro. Smeerensburg é habitada por duas famílias rivais há séculos em um eterno conflito ideológico denominado “Nós contra eles”. Os Ellingboes e os Krums se esforçam em aterrorizar turistas e desunir os moradores locais, estagnando o progresso intelectual daquela cidade, sobretudo o aprendizado fundamental das crianças após o fechamento da sua única escola: transformada numa peixaria por falta de alunos interessados em estudar. Isso até o novo carteiro mimado Jesper (Rodrigo Santoro) encorajá-las a escrever cartinhas visando atingir uma meta pessoal de 6.000 cartas por ano. No fundo, ser gentil e fazer o bem focado no progresso educacional, intelectual, cultural, moral e fraternal da população era o que realmente incomodava os líderes das duas facções rivais porque acabaram se unindo contra Jasper, ansiosos pela volta do status quo em prol da mediocridade.

O Expresso Polar (2004) é uma espécie Maria Fumaça dos anos 1950, repleta de crianças até o Polo Norte com o intuito de reforçar a fé delas no Papai Noel. É o caso do menino que deixou de ouvir o guizo do bom velhinho há algum tempo, por isso ganhou um ingresso especial naquela locomotiva mágica. A aventura eletrizante sobre o gelo, cheia de obstáculos imprevisíveis ainda é essencial para ver na noite de Natal ao lado da família tomando um delicioso chocolate quente. Após Forrest Gump e Náufrago, Tom Hanks interpreta o Condutor, o garoto, o pai do garoto, o Sr Scrooge, o andarilho e principalmente o Papai Noel nesta animação também dirigida por Robert Zemeckis; ofuscado apenas pela suntuosa fábrica de brinquedos manufaturados dos duendes, os quais serão distribuídos caridosamente a todas as crianças boazinhas depois de um ano de muito esforço e dedicação incondicional.

A Estrela de Belém (2017) – Nota: 4,0
O Menino Chamado Natal (2021) – Nota: 3,0
Klaus (2019) – Nota: 4,5
O Expresso Polar (2004) – Nota: 4,5

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