Obrigada pelas aventuras, agora parta para a próxima
Mexer com a imaginação das pessoas levando-as para um passeio incrível em uma Terra imaginária, regada de muita emoção com pitadas humorísticas é a receita desta comovente animação da Disney em parceria com a Pixar. A vida não teria sentido algum se as pessoas não buscassem realizar os sonhos de criança. Quando perguntados o que eles gostariam de ser quando crescer, alguns responderiam bombeiro, astronauta ou policial, outros piloto, cientista ou escoteiro.
O sonho Carl Fredricksen (Edward Asner no Original e o saudoso Chico Anysio em Português) era seguir os passos do ídolo, Charles Muntz, um explorador á la Julio Verne desaparecido há muitas décadas após sair em seu Zepelim por céus antes nunca sobrevoados á procura de uma ave raríssima só encontrada no lendário Paraíso das Cachoeiras localizado na América do Sul.
Carl Fredricksen foi baseado nos atores Hollywoodianos Spancer Tracy de filmes como: Up the River e O Velho e o Mar, e Walter Matthau, famoso por sua parceria com Jack Lemmon em diversos filmes.
Quis o destino que sua companheira de aventuras, e o grande amor da sua vida desde a infância não participasse neste sonho, somente em sonhos. Desiludido com o fato, já no fim da vida aos 78 anos, torna-se um velho egoísta e ranzinza. Quando tudo parecia estar perdido, já sem esperanças de prosseguir, em uma bela tarde ao ler, comovido, o diário de sua amada, encontra forças, graças a seguinte frase: ’’Obrigada pelas aventuras, agora parta para a próxima’’. Assim o fez! Com as últimas energias retiradas do fundo da alma, partiu, rasgando os céus, em sua própria casa erguida por centenas de balões em busca da sonhada Terra Encantada, outra cena memorável tanto para crianças quanto para adultos. Já em altura necessária no pacato ambiente, eis que surge o falante escoteiro mirim, explorador da natureza, Russell, para alegar o mau humor do solitário Carl. Russell destaca-se pelo seu jeito ingênuo, inconveniente como toda criança de 8 anos, cheia de energia para gastar. Em contraste do outro lado, temos um personagem rabugento, mal-humorado, cansado da vida, já sem paciência, ou meios de dar atenção ao carente garoto, o que abrilhanta ainda mais o enredo.
Não menos engraçado é Dug, um cachorro meigo da raça Golden Retriever, possuidor de uma coleira que permite traduzir seus pensamentos em voz. Dug com seu jeito bobão sempre é ridicularizado pelos outros companheiros da matilha, cujo dono é o suposto Elo Perdido em forma de gente, Charles Muntz. Dug aparece também em Ratatouille latindo para o ratinho cozinheiro, Remy. Em um final eletrizante digno dos clássicos de ação, e algumas lágrimas no seu Gran Finale fazem de UP, a animação mais comovente dos últimos anos.
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