Vejam que os dois estão dentro de um cérebro humano dividido ao meio
As diferentes raças humanas segundo a mitologia grega
As Eras do homem são descritas por Hesíodo em sua obra ‘Os trabalhos e os dias’. Segundo ele, a raça humana depois de criada teria passado por 5 eras ou idades, cada idade com uma raça correspondente. Mais tarde, o latino Ovídio aproveita tal cronologia para compor sua mais famosa obra, Metamorfoses, suprimindo apenas a “Era Heróica/dos Heróis”.
Era (da Terra) e Raça de Ouro:
Ocorreu durante o governo de Cronos. Viveram livres de sofrimentos, paz e harmonia predominaram durante esta era. Os humanos não envelheciam, mas morriam pacificamente. A primavera era eterna e as pessoas eram alimentadas com bolotas de um grande carvalho, com frutas silvestres e mel que gotejava das árvores. A principal característica dessa era, de acordo com Hesíodo, era a de que a terra produzia comida em abundância, de modo que a agricultura era uma atividade supérflua. Esta característica também define quase todas as versões posteriores do mito. Esta era terminou quando Prometeu deu o segredo do fogo aos homens. Zeus puniu os homens, permitindo que Pandora abrisse sua caixa que originou todo o mal no mundo mortal, essa primeira raça foi transformada em gênios bons, guardiões dos mortais, chamados de Daímones Epictonicos, intermediários entre os deuses e os homens que agiam sobre a terra. Ao fim dessa idade, Astréia, deusa da justiça, abandona a Terra para não ver o sofrimento dos mortais nas próximas idades.
Era e Raça de Prata:
Zeus encurtou a primavera, criando as estações e assolando a terra com o frio e calor. Tornou-se necessário a invenção de casas e o desenvolvimento da agricultura, ocorreu também a extinção da juventude eterna. Em algumas versões essa raça viveu uma longa infância de 100 anos, mais crescendo, entregam-se a excessos e recusam-se “a oferecer culto aos imortais”, após a morte, foram transformados em gênios inferiores, os chamados bem-aventurados, conhecidos como Daímones Hipoctonicos.
Era e Raça de Bronze:
Zeus cria então uma terceira raça de homens perecíveis: a raça de bronze, bem diferente da raça de prata. Violentos e fortes, com armas de bronze, eles acabaram sucumbindo nas mãos uns dos outros e foram levados para o Hades, sem deixar nome sobre a Terra.
Era e Raça dos Heróis:
Em seguida surge a raça dos heróis, que combateram em Tebas e em Tróia. Para eles Zeus reservou uma morada na Ilha dos Bem-Aventurados, onde vivem felizes, distantes dos mortais, sem contato com os vivos, alguns se tornaram deuses ao irem para o Olimpo; os heróis injustos iam para o mundo inferior, junto com os humanos normais.
Era e Raça de Ferro:
Finalmente vem o duro tempo da raça de ferro, que perdura até hoje – tempos de incessantes misérias e angústias, mas quando “ainda alguns bens são misturados aos males”. A essa raça aguardam dias terríveis: “o pai não mais se assemelhará ao filho, nem o filho ao pai, o hóspede não será mais caro a seu hospedeiro, nem o amigo a seu amigo, nem o irmão a seu irmão”. Após a morte iam para o Hades e lá permaneciam como sombras; os considerados justos iam para os Campos Elíseos – onde ficavam 1000 anos até se apagar o que de terreno havia neles -, depois disto esqueciam toda a sua existência e, segundo alguns, reencarnavam e, segundo outros, realizavam metempsicose (reencarnar em animais). Os Injustos iam para o Tártaro para toda a eternidade.
(Retirado do trabalho de Deborah Magalhães, professora de Português e Literatura, baseado em livros vários e sites da Internet)