Eleições Presidenciais Americanas – Como Funciona? (2016)

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Os Estados Unidos, como o próprio nome diz, não são uma República Federativa como o Brasil. Por isso, cada estado elege o chefe da nação de forma indireta, e não acumulativa, a fim de demonstrar independência. Sempre numa terça-feira, entre 2 e 8 de novembro do ano bissexto, “o vencedor leva tudo”, diz o jargão. Cada estado tem direito a determinado número dos chamados “delegados” do colégio eleitoral, equivalente à soma de deputados proporcional a sua população; e apenas dois senadores,independentemente da população. O candidato que atingir mais da metade dos delegados (270 dos 538 votos) é eleito. Na prática, ele precisa vencer apenas nos 11 maiores: Califórnia, 55, Texas, 38, Nova York, 29, Flórida, 29, Illinois, 20, Pensilvânia, 20, Ohio, 18, Geórgia, 16, Michigan, 16, Carolina do Norte, 15, Nova Jersey, 14 = 270. Da Guerra Civil até a Grande Depressão, o mapa eleitoral era mais ou menos o inverso do que é hoje. O sul era democrata, opondo-se ao presidente republicano abolicionista Abraham Lincoln. Mas com o crescimento da população hispânica e de outras minorias étnicas, a industrializada Califórnia tornou-se democrata e o Texas, ruralista, acabou aderindo ao conservador Partido Republicano, que atualmente domina todo o Cinturão Bíblico, reduto de maioria extremista cristã. Já os estados indefinidos (swing states), nas últimas quatro eleições – Ohio, Virginia, Colorado, Carolina do Norte, Nevada e, sobretudo, Flórida, que juntos somam 90 votos –, têm dado o emocionante voto de minerva digno de um filme com um final feliz para cada lado. Chegou a hora do desempate.

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